Este é o Disque Piropo de terça-feira, doze de novembro. Obrigado por estar conosco. Meu primeiro disco rígido, comprado há quinze anos, tinha uma capacidade de 40 Mb. Isso mesmo, Megabytes, não Gigabytes. Foi comprado avulso, para instalar em meu primeiro PC, que não tinha disco rígido: vinha apenas com dois drives de disquete, que usavam os velhos discos flexíveis de 360 Kilobytes de capacidade. E, por incrível que hoje em dia possa parecer, o sistema operacional cabia inteiro em um desses disquetes. Um dia talvez eu conte como era possível carregar o sistema e rodar programas nessa peça de museu. Mas nosso assunto de hoje é disco rígido, portanto voltemos a ele. Como eu disse, o HD tinha uma capacidade de 40 Megabytes. E custou seiscentos dólares. Um custo unitário de quinze dólares por megabyte. Isso me veio à lembrança ao tomar conhecimento do novo recordista de capacidade dentre os discos rígidos: o WD2000JB lançado mês passado pela Western Digital. Um drive cuja aparência não difere muito da de um drive ATA comum, desses que estão em seu micro. Mesmo tamanho, mesmos conectores, mesmo jeitão. Mas sob essa aparente mesmice se esconde um drive com discos que giram a 7200 rotações por minuto, cache de oito megabytes, tempos de acesso da ordem de dez milissegundos e, atenção: capacidade de duzentos Gigabytes. Repito: Gigabytes, não Megabytes. E a concorrência não está dormindo: a IBM prepara-se para lançar seu modelo DeskStar de 180 Gigabytes e a Maxtor anunciou o modelo MaxLine II de 250 Gigabytes. No mercado americano, o preço sugerido para recém lançado WD2000JB de 200 gigabytes é de cerca de quatrocentos dólares. O que corresponde a um custo unitário de dois décimos de centavo de dólar por Megabyte. Comparado com os quinze dólares por Megabyte de meu primeiro HD, isso corresponde a um custo sete mil e quinhentas vezes inferior. Uma queda de preço de sete mil e quinhentas vezes em quinze anos dá o que pensar... Boa sorte e até o próximo Disque Piropo.