Este é o Disque Piropo de quinta-feira, dezenove de dezembro. A maioria dos internautas brasileiros usa linha discada para efetuar sua conexão ao provedor, ou seja: se conecta usando a linha telefônica comum. Portanto, a maioria precisa fazer uma ligação telefônica para se conectar à Internet. As autoridades governamentais estão estudando um meio de reduzir as tarifas das conexões para transporte de dados. Quer dizer: a tarifa cobrada para conectar-se à Internet vai baixar. Mas enquanto as medidas resultantes do estudo não forem implementadas, paga-se a mesma tarifa tanto para ligações telefônicas comuns quanto para ligações com o provedor de Internet. Quem mora na mesma cidade de seu provedor, paga a tarifa local. Que, no Rio de Janeiro, por exemplo, tem um custo aproximado de dez centavos por pulso, que dá direito a quatro minutos de ligação. E ainda pode se aproveitar do sistema tipo pulso único, vigente durante a madrugada e finais de semana, no qual paga-se apenas um pulso pela duração total da ligação. Mas se a cidade não tem provedor? Bem, nesse caso há que pagar a tarifa de longa distância, cujo valor depende da distância entre a cidade do usuário e aquela onde está instalado um servidor de seu provedor. E é bem mais cara, o que na prática inviabiliza o serviço para as camadas menos favorecidas da população. O problema é que o IBGE acaba de divulgar sua Pesquisa Sobre Informações Básicas Municipais. E nela se constata que apenas 22,7% das cidades brasileiras possuem provedor de acesso à Internet. E, pior: a grande maioria das cidades que dispõem de provedor se concentram nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste. No Nordeste, por exemplo, a situação é crítica: no Rio Grande do Norte, apenas dois porcento dos municípios têm provedor. É preciso mudar isso. Porque do jeito que está, a inclusão digital fica um sonho cada vez mais distante. Boa sorte e até o próximo DisquePiropo.